segunda-feira, 28 de julho de 2008

Maldoso sorvete


E nas minhas andanças em blogs alheios me deparo com o seguinte poeminha:
Ei você, vamos dançar
Nas estrelas, na minha casa ou em qualquer lugar
Dormiu bem? É o que vou perguntar
Quando ao meio dia a gente acordar
Que tal um sorvete, pra amenizar
O calor dessa cidade que não vai passar
Pra melhorar, vamos domingo
Na redenção passear

O sorvete para mim, sempre teve uma simbologia imaculada. Até pela cor (de morango, um clássico) e gosto docinho que me remete à infância e ao mesmo tempo tem gosto de amor novo e inocente. Achei o moço do blog uma criatura de sensibilidade ímpar. Eis que ele me revela a sua face despudorada e o que o sorvete significa no poema: Significa... er... Ai, num tem um jeito mais fácil de se dizer isso... Significa pinto! Pronto, falei! Céus! E eu fiquei toda suspirante pro lado do pseudo-sensível (me derreto por caras sensíveis)! Roubei a cor de um tomate enquanto ele me falava da simbologia do tal sorvete e ria um riso solto da minha cara de besta. ¬¬’ não sei se daqui pra frente o meu amado sorvete de morango terá o mesmo gosto. Eu o olharei sempre com desconfiança e pudor.

sábado, 26 de julho de 2008

Os dispostos se atraem


Li isso em algum lugar e escrevi na minha agenda:

- Lembrar: Os dispostos se atraem.
- Procurar: Calendário Maia (logo abaixo)

E assim foi iniciada a peregrinação de descobrir que ligação existe entre essas duas observações (note que, essa observação foi feita para que eu não esquecesse). E lá vou eu pro google tentar descobrir o que uma coisa tem a ver com a outra. Eis as especulações encontradas:
Assim que nascia uma criança, os maias as apresentavam aos sacerdotes que, em função do dia do nascimento, adivinhavam a futura personalidade da criança, seus traços marcantes, suas propensões, habilidades e dificuldades, analogamente ao horóscopo mesopotâmico.
Geeente, mas isso é genial! Imagina só como seria ótimo se já tivesse alguém nos dizendo direitinho o que fazer! Um personal destineitor que me aliviaria o peso das dúvidas e me diria que rumo tomar:

- olhe minha filha, vá por ali que é melhor pra sua saúde.
- Não minha cara, não roube acerolas à essa hora da manhã, não vês que a porta esta aberta e a dona da aceroleira vai te pegar?
- Não minha flor, evite comer todo esse vatapá, não é de procedência confiável...

Eu já tenho um personal theologian, uma personal desiner, só me faltava esse mesmo. Olha que maravilha! E não me venham com esse discurso piegas sobre liberdade, a não ser que você tenha lido o texto que li do Freud sobre o livre arbítrio ou você será massacrado. (se eu não estiver com preguiça) o livre arbítrio é perigoso e – o mais grave – cansativo. Pois sim, só me falta agora associar isso tudo ao outro lembrete, vamos lá... Descobri que é um trexo de Fernando Anitelli, uma citação, creio eu. Mas sucumbo, estou ficando com sono, e se alguém souber uma possível associação deixe um comentário. Este post será extendido. Como diria Sr. Bariani (meu honorífico novo leitor) ósculos e amplexos!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Para aquecer o coração

E eu aqui digitando o ultimo post sobre a Luana (esse aí de baixo) enquanto a saudade se apoiava no meu ombro pra ler o que eu estava escrevendo (absolutamente incoveniente essa fulana, um horror!) e vejo piscar a janelinha do msn com o nome 'luana maria', esfrego os olhos e sinto o coração disparar! Era ela, indubitavelmente ela:

Lua : Amigaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Eu : Não posso crer @@
Lua : Saudadonaaaa de tuu!! XD
Eu : Luaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa meu docinhooo!!
Eu : aimeucoraçãozinho disparou agora!
Eu : onde você tá?!?!?!?!
Lua : em SP
Eu : eu tava em cólicas por tua causa!
Lua: Hauhsuiahsiahsuihsa...
Eu : Tu ainda ri, filha ingrata? ¬¬
Eu : Quando vc volta?
Lua : eu volto logo, dia 6 eu acho.
Eu : Ai, é tempo demais pro meu pobre coração sofredor :~

Sobre gnósticos e misantropos

E durante muito tempo tenho esculachado a Luana e prometido dar-lhe uma surra bem dada por ter fugido, enlouquecido e (mais grave de tudo) me abandonado indo pra comunidade de gnósticos. Eis que me vejo em meio a um pandemônio, numa daquelas fases da vida em que os ônibus ficam a espreita esperando vc sair de casa pra sairem correndo na sua frente, em que a sua cadelinha Capitu morre (específico), em que os seus amigos fazem novos amigos poetas e interessantes e de blogs muito mais produtivos e úteis que o seu (o que não é assim tão difícil), e o pior de tudo, que é escrever sobre dias ruins, o maior clichê bloguístico da humanidade. Mas fazer o quê se não posso escrever sobre dias bons inexistentes? Começo a entender o que se passou na cabeça da Luana pra largar a facul... E eu que passava por cima do meu usual pessimismo e dizia sempre: "ah, vai melhorar, primeiro período é assim mesmo" e depois "ah, segundo período também é meio chato... Depois melhora", até que "Porra outro seminário? Não aguento mais esse Bahktin!". Agora, eis-me aqui com vontade de mandar a porra toda à merda e viver de fotossíntese junto com a Luana lá no meio do mato. Ô Lua, me leva contigo pra essa macumba aí (ou gnosis, que seja)... só quero ficar o dia todo deitadona sem me preocupar com nada. Parafraseando Arnaldo Jabur 'onde estão os hippies quando precisamos deles?'. Agora entendo como é fácil pra esses doidos gnósticos fazer lavagem cerebral na cabeça das pessoas, cá estamos, fragilizados, atolados de responsabilidades e constantemente obrigados a fazer coisas que não queremos.
PS: que título mais idiota pra esse post :/

Receita para esquecer dia monótono

E um dia de cão se fez na minha vida, eis que vejo on-line no msn a minha Preiba preferida pra animar a minha noite! o/ Mais eficiente que lactopurga, mais louca que o batman, enfim, a maligna das malignas! Absolutamente bem disposta a me dar os piores conselhos possíveis, fazer comentários sarcásticos e, principalmente, me fazer rir até doer a barriga. Dentre as pérolas destacam-se:

- manda todo mundo tomar no cu, Preiba!
- pode crer, ele esconde algo ¬¬
- acho que ele quer casar virgem (essa foi a pior)
- oloooco primeirona que eu conheço que pegou dengue!
- que bichinha lazarenta essa sua amiga, hein?!
- mostra pra ele quem que manda nessa budega!
- alô aqui é a Preiba, deixe seu recado apos o nhenhenhe

Dentre muitas outras censuradas. Um efusivo abraço minha querida amiga. Amo-te!

terça-feira, 22 de julho de 2008

Odeio isso

Odeio essa sensação que dá quando se sente raiva,
essa dor presa que parece que não há maneira de acabar a não ser ferindo os outros.
Odeio esse vazio no estômago, e essa vontade desesperada de gritar.
Odeio ficar pensando apenas nisso durante horas,
odeio não conseguir ignorar e focar em outra coisa.
Odeio todos esses suspiros (inúteis) que fogem da minha boca.
Odeio todo esse estado exaltado, e como este faz com que minhas mãos tremam.
Odeio essa sensação de estar respirando mal,
e como parece necessário ter que absorver grandes quantidades de ar, num lento compasso.
Odeio-me, e sei que odiarei mais depois. mas odiaria também não escrever…

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Amarelo

Naquela manhã ventilada de julho, o passarinho amarelo acordou particularmente feliz, sentia-se bem-disposto, ativo e “interessante”. Alimentou-se bem antes de começar o seu passeio matinal, e naquele dia não voou alto, nem depressa demais, pois o dia estava realmente lindo, lindo como um dia de despedida. Nem o cachorro atoleimado que o aborrecia com suas brincadeiras estúpidas desfez o seu humor. E assim se passou a manhã.
De tarde o sol despontava e veio a vontade de descansar, voltava despreocupado ao seu ninho, aproximou-se da entrada e, estranhamente, o jardim inteiro fez-se mudo. Naquele momento pôde ouvir apenas as batidas gradativas de seu coração de passarinho novo, que estremeciam-no por dentro e faziam vibrar cada fibra do corpo. O seu coração pressentiu e avisou à mente e ao resto do corpo a presença do usurpador do seu grande tesouro. Então o avistou, com seu olhar atroz de corvo mau, faminto por consumir-lhe o ninho, os ovos e a vida. E assim o fez.
E o seu canto fez-se triste. A criatura faceira que ali havia, encheu-se de cólera até a última pena do corpo. Toda a sua doçura habitual convertia-se agora em amargura e pesar, pois se sentia gravemente ferido, afinal o corvo estava ali, inexoravelmente ali. E a vil criatura foi capaz da mais cruel brutalidade, tirou dele tudo que havia de mais importante em sua vida de passarinho, arrancou-lhe as asas e a capacidade de enxergar o quanto o dia ainda era belo.
-que Deus o condene por roubar minha felicidade, criatura perversa!
Foi tudo que a sua voz trêmula e revoltada conseguiu balbuciar, e ‘durante algum tempo galopou na mais brutal raiva do mundo’, se sentia fraco, covarde por não poder impedir o corvo, por não poder lutar contra ele e mais ainda por não se permitir morrer. E assim aconteceu na vida do passarinho. Só lhe restou o canto solene e impregnado de tristeza em cada nota, e até hoje, vive, meio morto.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Eu quero muita coisa. eu quero engolir mundo. eu quero ler todos os livros que ja escreveram, dançar todas as danças que ja fizeram.quero conhecer a tailandia, a patagonia. eu quero votar para presidente. eu quero plantar um filho, escrever uma arvore, ter um livro. quero todas as alegrias, tristezas que esperam por mim. quero fazer a diferença, sabe?

(do filme mais uma vez amor)

 
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