Luana Maria

É incrível como depois dela tudo me pareceu possível, é incrível como depois dela o meu mundo me pareceu vazio e superficial, como depois tudo parecia supérfluo, e estar perto dela e dos amigos que ela me presenteou era o que me bastava! De onde ela apareceu? Sabe-se lá! Pareceu cair de pára-quedas! Então nós fomos ficando tão próximas!... Sabe-se lá porque! Então quando eu vi, já era muito tarde, aquela ruiva aproveitadora já era parte essencial da minha vida e do meu cotidiano! Não sei explicar porque ela é tão importante, só sei sentir... É horrível não conseguir descrever os sentimentos bons que guardo das pessoas que gosto... É sempre tão mais fácil escrever quando não gosto de alguém! Tenho trauma, é isso! Cresci lendo declarações de amizade entre amigas, que traduziam a mais indecente expressão do exagero e da superficialidade, portanto, nada do que eu escrevo parece real, forte e seguro o bastante pra descrever o meu amor. Lua, eu te amo de verdade minha querida amiga, você é o meu presente, a minha dádiva! Obrigada por fazer parte da minha vida.

O Professor Paulo Roberto

Nunca antes eu fora tão bem enganada quanto à aparência do que quando vi pela primeira vez o professor Paulo Roberto! E ele entrou na sala abrindo o seu largo sorriso bondoso... Ele foi a mais perfeita tradução do amado professor da faculdade, expondo seu ponto de vista sempre tão crítico e sensato, sua forma gentil de dizer-nos: “Quase lá... Mas ainda não é isso”. Até que deixou que florescesse às nossas vistas a sua face maligna! E tudo começou logo na primeira prova, trinta questões em média de perguntas de lingüística onde ele delimitava sem piedade as nossas respostas e transformava o delicioso mundo do “nosso ponto de vista” em resposta calculadas, quase tão matemáticas como de uma tediosa matéria de exatas! Enfim o professor Paulo Roberto mostrou-se cruel e impiedoso com seu sarcasmo sempre sutil a respeito das provas: “Presentinho de páscoa gente, tá uma moleza!” ou pior ainda, se dando ao trabalho de mudar a ordem da numeração de todas as questões impedindo ou dificultando nossas inocentes consultas. Portanto, não se deixe iludir pelo ar paternal do seu professor de lingüística! Acredite, ele não vai te aliviar, você não terá escolha! Terá mesmo que diferenciar as citações de Chomsky das de Saussure, sincronia de diacronia e todas essas coisas toscas que são essenciais pra gente.
Querido professor, adoramos-te! (Eu, pelo menos...) Rs!...

Complexo de Pequeno Príncipe

A busca constante de pessoas que sejam, únicas na minha vida! Às vezes acho que sou a única! Pessoas e seus temperamentos, suas reações, suas dúvidas são a minha grande paixão! Diálogos de cotidiano me divertem como uma noite de farra! Nunca, indebutavelmente nunca esqueço pessoas ou nomes! Sou um desastre ambulante, esqueço coisas, já perdi livros da biblioteca, agendas eletrônicas, um vestido vermelho, dois pares de sapatos e... Bom, a lista é grande! Mas nunca me esqueço de pessoas e nem dos nomes delas, nunca! Acho incompreencível a tendência das pessoas de esquecer nomes, e por esse motivo achar-se superior! Sou atenta às pessoas aos sentimentos delas como gostaria que os meus fossem notados.

Memórias...

As fotos dessa montagem foram cuidadosamente selecionadas por serem de dias muito especiais! Dentre eles está o dia em que conheci a minha melhor amiga, um dos últimos dias em que tive para mim a minha querida irmã antes que ela enlouquecesse ou mostrasse quem realmente é (isso é irrelevante, o fato é que já não é mais quem foi), o dia em que eu conheci o amor, o dia em que senti algo totalmente novo e emocionante ouvindo músicas (live) que me traziam recordações doces ao lado de alguém que amava... Foi uma sensação que criou dentro de mim todo um universo maravilhoso e luxuriante que me fez esquecer as pessoas à minha volta e o que o mundo inteiro tinha de repugnante! Uma sensação inteira, tesa, pura de felicidade que me fez sentir rica, boa, livre... Seria o nirvana? (piadinha infame) O dia que reencontrei uma amiga que tanto amei, e junto com ela as lembranças do meu passado feliz e despreocupado... Como é estranho recordar o quanto tudo era vago anos atrás! Lembrar de como eu achava tediosos os domingos em família, achava que o meu futuro era absolutamente seguro e previsível e como tudo de repente caiu em meio ao vão. Como era boba, fútil, estúpida! Bom é ver, que eu agora sou adulta e estou trilhando de novo (e sozinha) o meu futuro e desta vez, se algo der errado, a responsabilidade será minha, apenas minha. A parte difícil é não poder culpar alguém! O livre arbítrio é indubitavelmente cansativo. Rs!...

Domingo de Sol

Quanto tempo faz que não tenho um domingo de sol tão feliz quanto o de ontem... Nem consigo me lembrar! Acordei atrasada como sempre, fiz um tur por Manaus antes de conseguir chegar no condomínio da Raíssa, e o que me esperava era uma piscina, meus amigos e muito chocolate! conversas deliciosas entrecortadas de risadas nervosas e histéricas! Que felicidade poder relaxar! A chuva deu uma aliviada merecida! Não que eu não goste da chuva, adoro-a! Mas mereci esse domingo de sol! Fim de período e se o professor Paulo Roberto aliviar... eu terei um lindo início de março!

Insônia!... tsc, tsc...

Enfim aliviada! Meu dia anunciou logo de cara que não seria fácil, acordei às 2:15 da madrugada, pensando no professor de Informática e no seu sarcasmo terrível! Pensando que ele não aceitaria o meu trabalho, que eu iria pra prova final e não passaria, pensando nas minhas manhãs comprometidas pagando matéria logo no 1º período! Porque será que tudo fica tão mais obscuro do que realmente é nas noites dem insônia?

Um novo começo

No início do ano, todo mundo toma as suas resoluções, suas promessas... Um novo ano, um novo começo! Me perdi nesse meio tempo! Não aproveitei a oportunidade pra começar tudo de novo, esquecer lembranças amargas que me aflingiam, e tornar-me nova, nova para o mundo e para essa nova fase importante da minha vida. Fiz tudo errado! Me prendi a um passado de alegrias utópicas que estavam mais dentro da minha vontade de que tudo fosse real do que realmente acontecia. Torturava-me de todas as formas possíveis, relia mensagens, suspirava, associava tudo quanto fosse possível às recordações de extintos dias de felicidade. Hoje acordei cheirando a novo, se eu tivesse uma cor essa manhã, eu seria de um alegre tom de amarelo, toda irradiava contentamento e decisão! (para compensar o dia de ontem) Apaguei! Enfim foram deletadas todas as mensagens e eu me sinto leve! Meu ano começa agora, e eu não permitirei que lembranças amargas, pessoas mal amadas e levianas perturbem a minha paz e a minha felicidade.

Ontem fiquei até às 2:30 da madrugada lendo o livro da Bruna Surfistinha, grande perda de tempo! Um livro que oscilava entre um conto erótico e a cofinice daquela velha apelação de toda vagabunda pela "busca da felicidade". Não sou moralista, longe de mim, a minha zanga nem sequer é contra a autora, mas contra o fato do dito livro ter virado best-seller e ter sido o mais vendido do ano de 2006 no Brasil. Triste fato... Brasileiro gosta mesmo é de putaria. É pra ler putaria? Leiam Nelson Rodrigues minha gente, aquilo sim é putaria com classe! Rsrs...

Enfim está terminando este fastioso e entediante dia!